quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O paradigma da (in)justiça nacional

Julgar com sabedoria, equilíbrio e imparcialidade. Poucos falarão algo parecido com o descrito anteriormente, quando perguntados sobre o célebre dever da justiça. No entanto, todos sabemos disso. Basta ligar a televisão, ou abrir o jornal, para ver o quão indignado ficamos diante da presente impunidade que se encontra em nosso país. Falta vergonha, mas sobra bolso cheio.

A Constituição, no seu artigo 5º diz que todos são iguais perante a lei. Será? Em um país onde a desigualdade socioeconômica é assombrosa, fica difícil acreditar nessa história. Nesse ponto de vista, a Constituição e o Código Penal têm pesos e medidas diferentes, justamente porque não se aplica sozinha, e quem as aplica, tende para o lado da mala mais pesada e recheada, descumprindo a lei, mas nem por isso os ditos aplicadores vão para atrás das grades, pois além de tudo, tem foro privilegiado.

O que dizer dos parlamentares e seus mensalões, cuecas e castelos? Poder até haver certo sensacionalismo por parte da mídia, mas o fato é verídico. Não existe dúvidas que eles são infratores da lei, mas chamá-los de ladrões, é desacato à autoridade. Enquanto isso, o dinheiro desviado faz falta em vários lugares do país, principalmente na mesa de quem passa fome, obrigando-as a roubar e de certa forma, "pedindo" para serem presos, a fim de ter pelo menos, algo para comer.

A questão é ética, coisa que mesmo depois de ter sido aprendida, é corrompida em uma ética diferente para cada conta bancária. Resta ao povo, esperar por atitudes que vem de cima, afinal, gastar a saliva para lutar pelos direitos do cidadão já não resolve mais.


Ao som de: Muse - The Resistance

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